domingo, 20 de janeiro de 2008

Reveillon


Sei que já passou algum tempo. Contudo (ou sem nada), acho que devo ir ao recalcado e recuperar algumas coisas que marcaram a passagem de ano. Foi inesquecível. E não pelas melhores razões.

Razões essas viscerais, neurológicas e do não sei bem o quê... mas já lá vamos.

Este ano fiquei pelo meio termo. Nem fiquei em casa com a família, nem fui pa fora para as festas mais "exóticas" e "bué da jovens". Com efeito, comemorei a chegada do fresco 2008 com um grupo de amigos impecável. A meia noite foi passada em casa dos donos da casa, comeram-se as uvas "pássaras" e bebeu-se o espumante, quando o etileno já proliferava na circulação. Posteriormente fomos de botelhas na mão saudar o novo ano e ver a "movida" nas ruas e praças do burgo vimaranense. Nada de especial. Parecia mais um fim de semana já tradicional, embora houvesse um clima um pouco mais festivo, promiscuo com a data. Aqui começaram a surgir os problemas para o meu lado. Por volta da 1:00 supero a minha conta de bebida, o que não é muito fácil. O meio litro de whiskey começou a fazer efeito, e talvez o borbulhar do espumante tenha ajudado. Começo a não me lembrar de certos factos. Todavia lembro-me de: vontade de urinar intensa e frequente; resolução do problema enumerado anteriormente no C.A.R.; mensagem que escrevi em resposta a outra e que ainda hoje a tenho guardada e não sei o que escrevi afinal; O S. e a S. foram-se embora; os que restamos pelas ruas entramos no mítico Trás-Trás entre as 1:30 e 3:00. O mítico Trás-Trás!!!

A partir daqui a história ganha outra dimensão. O ambiente é outro. Ambiente de chilar, cortir um pitz... A casa começava a ganhar vida, o som começava a jorrar das colunas. Eu quis ser feliz. Dispor bem, bater o pezinho, micar as babes... e vai um licor beirão e um shot duma merda qualquer p'ra compor... PIM!!! Mais tarde viria a conceber que o facto de ter rejeitado a chamada do vómito foi das piores decisões da minha vida! A chamada não voltou. E lá continuei bem disposto. Dançar, grave a bater no peito. Figurinhas tristes talvez. (Até hoje não me consegui lembrar das jeitosas que tavam lá a bailar). Evitei confusões o que é um ponto positivo. Lá para as 6 começo a perder as perninhas e a cabeça começar a flipar. Foi então que basei.

Cheguei bem a casa. Milagre? Ganhei coragem e fui tomar um duche. Sentia que estava a rebentar. Enjoo intenso, cabeção pesado... sequei o cabelo e depois devo ter demorado 8 segundos a adormecer mal caí na cama. Tinha a confiança que seria mais uma ressacazita normal, daí a algumas horas iria acordar para almoçar em família...

Contudo, quando acordei, surpreso ainda com o meu estado, preparei-me para o tradicional almoço em família. Acho que ainda nem sequer tinha entrado em ressaca. Estava ainda bêbado. Só dizia disparates uns atrás dos outros. Comi apenas uma batatinha e um nicho de carne. Os meus pais assustaram-se. O comensal alarve neste tipo de ocasiões tinha enjeitado o belo do assado, e ainda a sobremesa doce. Resvalei para o sofá. Para não desfazer da presença dos familiares.

Términa a festividade, voltei a recolher-me na cama. "Desta vez é que vai ser!" "Vou acordar como novo!"

Pois é. Uma tarde inteira dormida. Novo despertar enjoado. Ainda estava bêbado provavelmente. Ressaca a puxar. "Mãe do céu! Misturar bebidas nunca mais! Rais-me-quilhe!...

Dia 2. Ressaca começava a dispersar. Creio que só ao fim desse dia é que fiquei restabelecido.


Estar bêbado continuamente cerca de 24 horas e continuar ressacado outras 24 é o pior que há!


Foda-se! Nunca mais!

Sem comentários: