domingo, 18 de maio de 2008

Enterro da Gata 2008

E passou mais um Enterro. O Enterro deste ano estava marcado à partida pela mundaça de local. Foram montados arraiais na Alameda Nascente do Estádio Municipal de Braga. Houve sempre muita desconfiança acerca do sucesso que as festas deste ano poderiam ter devido ao local ser bastante afastado do Campus Universitário, e também haviam dúvidas quanto à suficiência do transporte disponibilizado para fazer o vaivém Campus-Gatódromo.

Pois bem, quanto a mim, o novo local superou as expectativas. Creio que a mudança foi positiva. O espaço era mais que suficiente, e a disposição das tendas, zona de palco, barraquinhas estava bem estruturada. Negativamente tenho a apontar a escassez de casas de banho e o multibanco estar muito escondido. O transporte, ao contrário do que previa, e depois de já ter passado, por Aveiro, Famalicão e Porto, foi realmente muito bem sucedido. Não houve sobrelotação de autocarros, nunca se teve de esperar mais que apenas alguns minutos, mesmo nas horas mais tardias, e estavam sempre disponiveis autocarros dentro dos horarios previstos. O esforço da AAUM deve ter sido grande, pois foram várias as empresas de transporte que tinham material circulante para o efeito. Até os verdinhos TUG's em que eu já não andava há alguns anos lá foram servir.


O Enterro em si, foi o mais comercial que me lembro. Altos patrocínios da SuperBock e ainda mais relevantemente da TMN fizeram deste Enterro um Mini-Festival que não foi de Verão, porque o tempo, tirando os dois primeiros e o último dias, esteve uma merda!


Na segunda-feira, durante a actuação de David Fonseca, sucedeu-se a primeira de muitas grandes molhas com que os estudantes da Academia Minhota e não só foram presenteados pelos severos deuses das chuvas. Então na quarta-feira foi mesmo o diluvio que julguei anteceder o fim dos tempos! As pessoas corriam desalmadamente à procura de abrigo, menos o "Matias" que bailava à chuva; barraquinhas e tendas eram sempre poucos para quem queria abrigar-se. Juro que vi a Arca de Noé e "cocodrilos" e elefantes e... aos pares... E mais, quando a chuva era interrompida, e se podia voltar a sair pelo recinto, haviam patos a nadar!!! O leitor neste momento deve estar a pensar que eu colei qualquer coisa à pele, ou fumei, ou bebi Cilit Bang (que por acaso até bebi já no último dia), mas não. Chuva p'a caralho! Arca de Noé! Patos! Juro que vi, caralho!!!


Para não contar tenho as estórias de ter acompanhado amigos à tenda de Apoio Médico. No sábado tive de apoiar uma amiga, que não por ter bebido excessivamente, mas por ter outros problemas gástricos precisou de assistência. Muito esquesito. Deu p'ra ver que muita gente se excede. Sei também que adormeci e acordei já com um cobertor em cima e não vi Gabriel, o Pensador. No dia seguinte voltei lá com o M. O rapaz bebe 3 shots e fica pronto a tombar. O que o movia era também travar conhecimento com as proto-enfermeiras. Além disso foi um privilegiado que pode ir à maior casa de banho do recinto que estava lá no posto.


Concertos? Vi muito poucos. Jorge Palma vi três das suas sóbrias músicas. "Sóbrio" é um termo que na mesma oração que "Jorge Palma" é tão natural como "peixe" e "bicicleta" de mãos dadas. James estiveram lá no Domingo e presenciei dois temas. "She's a Star" é uma grande música!

Segunda vi Rita RedShoes e David Fonseca. Nunca fui muito admirador do senhor, e pensei que ia ser grande seca, mas saí dali feliz e molhado da vida. Bastante energético e com muito grave a bater no peito. De ter "electric dreams" o resto da noite!

(david fonseca em palco)

Terça os Irmãos Verdades puseram a gata a bailar ritmos africanos. Apesar de ser um coche sopeiro, deu pa "córtire". Nessa noite, na tenda electrónica DJ Overule e Demo deram grande show. Sempre a abrir. Não fora o desconsolo de ter a roupa molhada, poderia ter sido uma noite muito mais bang!

(tarde de cortejo)

Quarta, dia de cortejo, contava-se com a maior enchente por via disso mesmo. Contudo, e como já disse anteriormente, a chuva desviou muita gente do recinto. E quem não se desviou molhou-se. O cortejo de tarde havia sido mais que molhado. À noite, aguardava-se Quim Barreiros e o seu "AgroPop Dançante". E deu para dançar. Obrigado ao senhor pelo "Olé Vitória Olé" que desportivamente, e para minha surpresa muita gente soube "córtire", mesmo em Braga.

Quinta era o dia dos inefáveis Xutos virem à gata pela quadragésima oitava vez. O tempo estava bom e concretizou-se talvez a maior enchente. Não vi o concerto. Tal como muita gente, tinha acumulado muita tensão nos dias chuvosos anteriores e sentiu-se que aquela última noite era para libertar tudo! Foi nesta noite que se bebeu Cilit Bang entre whiskeys, absintos e shots de não sei quê. Aquela cena "azul cielo" que se dava a beber em determinada barraca de curso, revelou-se grande bomba. Tenda para bailar. Gunas prontos para andar à porrada. Miúdas a atirarem-se aos pés do Reitor. Houve de tudo.


Fim de festa com frase feita e agora aproveitada, respeitando o seu autor: "Ai, agora é trabalhar, casa, mulher e filhos." É que agora acabou a galderice. São dois meses de estudo e aplicação que se avizinham e não há margem p'ra deslizes.


Obrigado a todos os que participaram.

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