Como não te perderia
se te amei perdidamente
se em teus lábios eu sorvia
néctar quando sorrias
se quando estavas presente
era eu que não me achava
e quando tu não estavas
eu também ficava ausente
se eras minha fantasia
elevada à poesia
se nasceste em meu poente
como não te perderia
de António Cicero retirado do nº17 da Revista365
Quando a luz se parece com a água
e quer dançar a dança respirando
o vento que nasce das sombras subterrâneas,
ela ganha a sua fascinante nitidez
cercada por contornos luminosos.
Então todos os segredos têm varandas para o mar
e a inteligência estremece na brancura da sede
concentrando os instrumentos do seu lume.
de António Ramos Rosa retirado do nº9 da Revista 365
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